Sinto a dor
da minha alma latejar
Mas o que
será?
Vontade de
chorar, gritar
Mas gritar,
o mais alto que os meus pulmões aguentarem
As minhas
veias pularem e as minhas moléculas dançarem num ritmo tão desenfreado sem se
importarem com o tempo
Mas o que é
o tempo?
É só a ação
do espaço intermitente num mundo onde vivemos em vácuos profundos
Onde nem
sabemos qual é a real essência da nossa vida
Grito
descompassadamente para ver se estou viva
Se sinto
algum átomo do meu corpo reagir
Tento dançar
nesse mundo interligado por moléculas indivisíveis
Onde percebo
que somos um só
Vejo pessoas
tão desconectadas
Que agem
como se não dependêssemos uns dos outros ou que somos parte do mesmo todo
Viver nessa profunda
iluminação é quase insano
Pois vivemos
num mundo cheio de caos
Sorrir e
fazer bem a um alguém que lhe atirou pedra
É tão
insensato
Pois as
pessoas nunca reconhecem bons atos
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