quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Latejar de uma alma



Sinto a dor da minha alma latejar
Mas o que será?
Vontade de chorar, gritar
Mas gritar, o mais alto que os meus pulmões aguentarem
As minhas veias pularem e as minhas moléculas dançarem num ritmo tão desenfreado sem se importarem com o tempo
Mas o que é o tempo?
É só a ação do espaço intermitente num mundo onde vivemos em vácuos profundos
Onde nem sabemos qual é a real essência da nossa vida

Grito descompassadamente para ver se estou viva
Se sinto algum átomo do meu corpo reagir
Tento dançar nesse mundo interligado por moléculas indivisíveis
Onde percebo que somos um só
Vejo pessoas tão desconectadas
Que agem como se não dependêssemos uns dos outros ou que somos parte do mesmo todo
Viver nessa profunda iluminação é quase insano
Pois vivemos num mundo cheio de caos
Sorrir e fazer bem a um alguém que lhe atirou pedra
É tão insensato
Pois as pessoas nunca reconhecem bons atos

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